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Vagalume #2 (2020)

curta-metragem

11'26''

Colorido

2019


Sinopse: Em 2018 filmei minha janela. Em 2019 continuei filmando minha janela. O homem na calçada, os trabalhadores do prédio vizinho, o colchão no canto do museu, a praça, os urubus, a carreata, a carreta, o show, o incêndio, o carcará, as viaturas, os vagalumes, etc. É preciso procurar o melhor lugar para enxergar os lampejos, a faísca ou as cinzas que restam da insistência nessa janela.


Ficha técnica:

Direção, roteiro, fotografia, som direto: Ana Flávia Marú

Montagem, produção, edição de som: Henrique Aguiar

Participação (vozes): Henrique Aguiar, Natalia Silva e Octávio Scapin

senha: maru



No trabalho Vagalume #2 o interesse pela repetição do gesto de filmar na mesma janela do trabalho anterior continua. Era comum fazer companhia para o Pedro na janela da sala enquanto ele fumava um cigarro. Da janela era possível ver o Edifício Acaiaca, que fica na esquina da Praça Cívica com a Avenida Dez, era possível ver também o telhado de outras casas já que o nosso apartamento era no décimo segundo andar. Pedro avistou no telhado de um dos prédios uma pessoa. Era um homem com um uniforme azul, ele parecia dar manutenção na condensadora de um ar condicionado no telhado vizinho, acompanhamos ele ali até o momento que ele pegou o celular e em um gestual comum, fez uma selfie, ali em cima do telhado. Essa cena um tanto inusitada, um tanto comum fez com que o desejo de olhar pela janela e filmá-la aumentasse. Filmei de maneira intuitiva vários fragmentos da janela, alguns momentos olhando para um edifício, outro momento olhando para a calçada onde pude perceber um homem trabalhando, logo, quando colocava a câmera na janela dia após dia me interessava encontrar aquele mesmo homem novamente. Filmava fragmentos de um minuto na janela. Conforme ia filmando ia também catalogando o que via nas imagens. Ao mesmo tempo em que colocava a câmera para filmar o que havia fora da minha casa, o som atravessa o plano, que às vezes narra, às vezes canta, às vezes conta, ele aparece neste trabalho como uma linha que costura as imagens vistas e as imagens faladas. Às vezes sinto que ainda há o que ver nessas imagens.







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